[Estudo Bíblico] Mariolatria – É bíblica a veneração à Maria? Ela é mesmo a Rainha do Céu e a Mãe de Deus?

Mariolatria


LEITURA BÍBLICA

“E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,

A uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.

E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres.

E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras, e considerava que saudação seria esta.

Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus.

E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus.

E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum?

E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.

Porque para Deus nada é impossível.

Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.” Lucas 1:26-31,34-35, 37-38

ORIGEM

As primeiras ornamentações e pinturas nos templos cristãos sur­giram a partir do século III, a fim de representar o cenário e os fatos do texto bíblico. Já no século V, as imagens foram inseridas no contex­to das gravuras existentes e come­çaram a ser usadas como meio de instrução aos analfabetos, uma vez que muitos frequentadores dos cul­tos não tinham acesso a educação formal.

Entretanto, no Concílio de Nicéia (787 d.C.) foi oficializado a veneração às imagens e relíquias sagradas. Quase cem anos depois, em 880, a igreja estabeleceu a canonização dos santos. Desde en­tão, a Igreja Católica Romana ensi­na que para cada ocasião e dia da semana há um “santo protetor”. Em 1125, surgiram os primeiros ven­tos doutrinários concernentes a imaculada conceição de Maria – dogma definido em 1854(Vide Quadro 1). Em 1311, estabeleceu-se a oração da Ave-Maria e, somente em 1950, a assunção de Maria é transformada em artigo de fé.

INTRODUÇÃO

O culto a Maria é o divisor de águas entre católicos romanos e evangélicos. O clero romano con­fere a Maria a honra e a glória que pertencem exclusivamente ao Se­nhor Jesus. Essa substituição é con­denada nas Escrituras Sagradas e, como resultado, conduz o povo à idolatria. Reconhecemos o honro­so papel de Maria na Bíblia, como mãe de nosso Salvador, mas a Pa­lavra de Deus deixa claro que ela não é co-autora da salvação e mui­to menos divina. É, portanto, peca­do orar em seu nome, colocá-la como mediadora, dirigir a ela cânticos de louvor.

I.  O QUE É MARIOLATRIA? 

1. Idolatria.

O termo vem de duas palavras gregas: eidõlon, “ído­lo, imagem de uma divindade, di­vindade pagã” e latreia, “serviço sagrado, culto”. A idolatria é a for­nia pagã de adoração. Adorar e ser­vir a outros deuses são práticas condenadas pela Bíblia, no Decálo­go (Êx 20.3-5), e, também nas pá­ginas do Novo Testamento: “por­tanto, meus amados, fugi da idola­tria” (l Co 10.14).

 2. Adoração.

Os dois principais verbos gregos para “adorar”, no Novo Testamento, são proskynêo, que sig­nifica “adorar” no sentido de pros­trar-se; e latreuõ, que significa “ser­vir” a Deus. À luz da Bíblia, podemos definir adoração como serviço sagra­do, culto ou reverência a Deus por suas obras. Os principais elementos de um culto são: oração (Gn 12.8), louvor (SI 66.4), leitura bíblica (Lc 4.16,17), pregação ou testemunho (At 20.9) e oferta (Dt 26.10).

 3. O culto a Maria.

O termo “mariolatria” vem de Maria, forma grega do nome hebraico Miriã, e de latreia. A mariolatria é o culto ou a adoração a Maria estabelecidos pelo Catolicismo Romano ao longo dos séculos(Vide Quadro 1).

Quadro 1

A Bíblia ensina que é so­mente a Deus que devemos adorar (Mt 4.10; Ap 19.10; 22.8,9). Maria foi salva porque creu em Jesus e não meramente por ser a mãe do Messi­as (Lc 11.27,28). Somente a Deus devemos cultuar. “Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás cul­to” (Mt 4. l O – Almeida Atualizada). Os romanistas ajoelham-se diante da imagem de Maria e dirigem a ela orações e cânticos.

 II. AS GLÓRIAS DE MARIA

 1. Maria no Catolicismo Romano.

O clero romano vai além do que está escrito em relação à Virgem Maria. No livro As Glórias de Maria, de Alfonso Liguori, cano­nizado pelo papa, Jesus ficou pequenino diante de Maria. Segun­do Liguori:Nossa salvação será mais rápida, se chamarmos por Maria, do que se chamarmos por Jesus … A Santa Igreja ordena um culto peculiar à Maria. Essas são algumas declarações de suas cren­ças mariolátricas. O que se vê, hoje, é a manifestação ostensiva e orgu­lhosa da mariolatria nos adesivos usados nos automóveis. Para os romanistas, Maria é mais importan­te do que o próprio Jesus(apesar de muitos não o perceberem ou admitirem).

 2. A posição oficial do Vaticano.

O clero romano nega terminantemente que os católicos adoram a Maria, o que é oficialmen­te confirmado pelo Vaticano. Todavia, é muito comum o tradicional trocadilho católico: adoração e ve­neração. Mas, as declarações de Liguori e as práticas dos católicos não ajudam a corroborar a afirmação dos romanistas. Uma análise honesta do correto conceito da pa­lavra adoração, conferindo com o marianismo dos católicos romanos, prova de maneira irrefutável que se trata de adoração.

III. MARIA NA LITURGIA DO CATOLICISMO

 1. As contradições de Roma.

O Catolicismo Romano ja­mais admitirá que prega a divinda­de de Maria, da mesma forma que nega a adoração a ela. Entretanto, os fatos falam por si só e provam o contrário. Ela é também chamada de Rainha do Céu, o mesmo nome de uma divindade pagã da Assíria (Jr 7.18; 44.17-25); é parte de sua liturgia a reza Salve-rainha.

2. Orações a Maria.

A Bíblia expressa ser somente Deus onipotente, onipresente e onisciente (Jr 10.6; 23.23,24; l Rs 8.39). Se Maria pode ouvir os católicos, que hoje são mais de um bilhão em toda a Terra, como pode responder às orações de todos eles ao mesmo tempo? Ou ela é deusa, ou os católicos estão numa fila interminável, aguardando a vez de suas orações serem atendidas.

3. Distorção litúrgica.

A oração litúrgica dedicada a Maria e desenvolvida pela Igreja Católica Romana evoca: “Ave-maria cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de seu ventre. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, os pe­cadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”. Essas palavras são tiradas de Lucas 1.28, 42, mas a parte final não é bíblica, foi acres­centada em 1508. Essa oração é uma abominação aos olhos de Deus, pois não é dirigida a quem de direito (l Tm 2.5).

4. Mãe de Deus?

A palavra gre­ga usada para “mãe de Deus” originalmente significa “portadora de Deus”. A expressão “mãe de Deus” foi usada em razão das controvér­sias cristológicas da época para dar ênfase à divindade de Jesus. A Bíblia diz que Deus é eterno (Sl 90.2, Is 40.28), e, como tal, não tem co­meço. Como pode Deus ter mãe?

Há contra-senso teológico nessa decla­ração. A mãe é antes do filho, isso pressupõe a divindade de Maria, que seria antes de Deus, mas Ele existe por si mesmo (Êx 3.14). O Concílio de Calcedônia, em 351, declarou o termo “como mãe do Jesus humano”. A Bíblia es­clarece que Maria é mãe do Jesus ho­mem e nunca mãe de Deus (At 1.14).

IV. OUTRAS TENTATIVAS DE DIVINIZAR MARIA

1. “Cheia de graça” ou “agraciada” (v.28)?

A forma gre­ga da expressão “cheia de graça” procede de um verbo grego que sig­nifica “outorgar ou mostrar graça”. Sua tradução correta é “agraciada, favorecida”, e não “cheia de graça”, como aparece nas versões católicas da Bíblia. A tradução “cheia de gra­ça” não resiste à exegese séria da Bí­blia sendo contrária ao contexto bí­blico e teológico. Mais uma vez, re­vela-se a tentativa de divinizar Ma­ria. Há diferença abissal entre Jesus e Maria. Dele afirma a Bíblia: “e vi­mos a sua glória, como a glória do Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14), pois Jesus é Deus (Jo 1.1).

 2. O Dogma da Imaculada Conceição.

Essa é outra tentativa de endeusar Maria, propondo que ela, por um milagre especial de Deus, nasceu isenta do pecado original. Essa declaração foi proferida pelo papa Pio IX, em 8 de dezembro de 1854, portanto, é antibíblica. A teo­logia cristã afirma que “todos peca­ram” (Rm 3.23; 5.12). A Bíblia mos­tra o reconhecimento da própria Maria em relação a isso (Lc 1.46,47). O milagre especial de Deus aconte­ceu na concepção virginal de Jesus, que foi gerado por obra e graça do Espírito Santo (Lc 1.34,35). Jesus nasceu e viveu sem pecado, embora tentado, nunca pecou (Hb 4.15).

 3. O Dogma da Perpétua Virgindade de Maria.

O clero romano defende a doutrina da per­pétua virgindade de Maria, pois conclui que ela não gerou mais fi­lhos além de Jesus. Sua preocupa­ção é com a deificação de Maria, visto que não há desonra alguma em uma mulher casada ser mãe de filhos, antes, o contrário, à luz da Bíblia, isso lhe é honroso (Gn 24.60; Sl 113.9).

 4. A família de Jesus.

A Bí­blia declara com todas as letras que José não a conheceu até o nasci­mento de Jesus (Mt 1.25). Os ir­mãos e irmãs de Jesus são mencio­nados nos evangelhos, alguns são chamados por seus nomes: Tiago, José, Símão e Judas (Mt 13.55; Mc 6.3). Veja, ainda, Mateus 12.47 e João 7.3-5. Afirmar que “irmãos”, aqui, significa “primos” é uma exegese ruim e contraria todo o pensamento bíblico.

SUPLEMENTO

 “Mariolatria.”

O teólogo católico romano Ludwig Ott, defendendo a doutri­na espúria da veneração a Maria, mãe de Jesus, em sua obra Funda­mentals of Catholic Dogma (Funda­mentos do Dogma Católico), afir­ma: ‘À Maria, a mãe de Deus, con­fere-se o direito de receber o culto de hiperdulia‘. Em outras palavras, segundo o catolicismo romano, ‘Maria deve ser venerada e honra­da em um nível muito mais alto do que o de outras criaturas, sejam anjos ou santos. Contudo, essa ve­neração a Maria é substancialmen­te menor do que a cultus latriae (adoração) que é devida somente a Deus, no entanto, maior do que a cultus diliae (veneração) devida a anjos e aos outros santos’.

Essa doutrina católica romana é uma das mais frágeis em argumen­tação, uma vez que cria uma con­fusão terminológica em torno dos termos adoração e veneração, além de defender pontos sem respaldo bíblico. Veneração significa ‘render culto‘, ‘adoração‘, sendo condena­da pela Bíblia, seja em relação a anjos ou a santos (Ap 22.9), exceto a Deus. Além disso, em nenhum momento a Bíblia fala que Maria é superior a qualquer outra criatura e que deva receber orações ou mes­mo veneração.

Outra amostra do subterfúgio sem nexo do catolicismo romano está no fato de que a adoração a Maria (que por si só já é absurda) não está acima da adoração a Deus. Todavia, em suas orações, como na Novena de orações em honra a Nos­sa Mãe do Perpétuo Auxílio, decla­ra-se, sem censura, que Maria é su­perior a Jesus: ‘Porque se me protegeres, querida Mãe, nada temerei daquilo que me possa sobrevir: nem mesmo dos meus pecados pois obterás para mim o perdão dos mesmos (a Bíblia diz que só há perdão através de Jesus At 4.12; l Tm 2.5; l Jo 1.7); nem mesmo da parte dos demónios, porque és mais poderosa do que o inferno junto ( Bíblia diz que somente Jesus despojou os principados e potestade: e só podemos expulsar demônio: por Jesus – Cl 2.15; Mc 16.17); nem mesmo de Jesus, o meu juiz, pois através de uma oração tua Ele será apaziguado (Maria seria a advoga­da e Jesus, o juiz, mas a Bíblia diz que hoje Jesus é o nosso advogado – l Jo 2.1).”

(MARIOLATRIA. Revis­ta Resposta Fiel, Rio de Janeiro, Ano 4, n° 12, p. 6, jun.-ago.2004.)

CONCLUSÃO

As tentativas inglórias de fun­damentar o marianismo na Bíblia fracassaram. As expressões: “O Se­nhor é contigo”; “bendita és tu en­tre as mulheres” (v. 28) e “bendito o fruto do teu ventre” (v. 42), não são a mesma coisa que: “bendita és tu acima das mulheres“. Devemos esclarecer esses pontos aos católi­cos, com respeito e amor, mas dis­cordando de suas crenças, com base na Palavra de Deus. Muitos são sinceros e pensam estar fazendo a vontade de Deus, mas infelizmnte não conhecem a Bíblia e, portanto, respeitam mais a Tradição da Igreja. Está escrito:

“O meu povo foi destruído porque lhe faltou conhecimento…” Os 4:6

Ao católico que porventura tenha conseguido ler todo esse estudo bíblico (pois não o é fácil, já que a Palavra é como espada de dois gumes. Ela corta, onde há erro a ser consertado), peço que examine a Bíblia, pois Jesus mesmo ordenou:

“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;”  Jo 5:39

 

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