A morte do Papa Francisco em abril de 2025 acendeu novamente o interesse em torno das antigas profecias sobre o papado e o fim dos tempos. Entre elas, a chamada “Profecia de São Malaquias” tem sido uma das mais discutidas ao longo dos séculos, especialmente por seu suposto indicativo do último papa antes do juízo final.
A Profecia de São Malaquias
A Profecia de São Malaquias consiste em uma lista de 112 lemas latinos que descreveriam os papas desde o Papa Celestino II (em 1143) até o fim da Igreja. Essa lista foi publicada pela primeira vez em 1595, atribuída ao arcebispo irlandês Malaquias de Armagh.
O último lema da lista, o 112º, refere-se a “Petrus Romanus” (Pedro, o Romano), e diz:
“Na última perseguição da Santa Igreja Romana, reinará Pedro, o Romano, que apascentará as ovelhas em meio a muitas tribulações; após as quais a cidade das sete colinas será destruída, e o Juiz terrível julgará o povo. Fim.”
Embora o nome “Pedro” não corresponda diretamente a Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, estudiosos e teólogos apontam que ele é o 112º papa desde Celestino II, fechando a contagem da profecia.
A Restauração do Vaticano e a Contagem dos Papas
Em 1929, com os Pactos de Latrão entre o Papa Pio XI e Benito Mussolini, foi oficialmente criado o Estado do Vaticano. Desde então, oito papas lideraram a Igreja:
- Pio XI (1922–1939)
- Pio XII (1939–1958)
- João XXIII (1958–1963)
- Paulo VI (1963–1978)
- João Paulo I (1978)
- João Paulo II (1978–2005)
- Bento XVI (2005–2013)
- Francisco (2013–2025)
Abaixo, uma representação visual da sucessão papal desde 1929:
A Conexão com Apocalipse 17:9-11
A descrição em Apocalipse 17:9-11 tem despertado interpretações que associam os papas modernos com os “reis” mencionados pelo apóstolo João:
“Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada; são também sete reis. Cinco já caíram, um existe, outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco. E a besta que era e não é, também é ela o oitavo, e procede dos sete, e caminha para a destruição.”
Nessa interpretação:
- Os “sete montes” fazem referência à cidade de Roma.
- Os “sete reis” são entendidos como os sete papas desde a restauração do Vaticano.
- O oitavo (Francisco) é “a besta que era e não é”, sugerindo uma figura final, conectada ao sistema papal e ao contexto escatológico.
Ordem | Papa | Observação |
1 | Pio XI | Iniciou o reinado após Latrão |
2 | Pio XII | Segunda Guerra Mundial |
3 | João XXIII | Concílio Vaticano II |
4 | Paulo VI | Reformas profundas |
5 | João Paulo I | Papado mais curto da história |
Cinco já caíram | ||
6 | João Paulo II | “Um existe” — longo e influente |
7 | Bento XVI | “Outro ainda não chegou…” |
“…quando chegar, tem de durar pouco” (renunciou) | ||
8 | Francisco | “A besta que era, e não é, é o oitavo” |
Considerações Finais
Embora a Igreja Católica não reconheça oficialmente a profecia de São Malaquias, e muitas interpretações de Apocalipse sejam simbólicas ou controversas, a coincidência entre os oito papas desde 1929 e o texto de Apocalipse 17 é notável.
O Papa Francisco, sendo o oitavo dessa lista, marca possivelmente um ponto de transição histórico e profético. Para aqueles que acompanham os sinais dos tempos, isso serve como um convite à vigilância, ao arrependimento e à esperança no retorno de Cristo.
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