Análise bíblica do discurso do Papa Francisco no evento inter-religioso em Abu Dhabi
Esse discurso do Papa Francisco foi feito em Nursultan, capital do Cazaquistão, no encerramento do VII Congresso dos Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais, em 15 de setembro de 2022.
Esse congresso é um encontro internacional promovido desde 2003, com o objetivo de fomentar o diálogo inter-religioso, especialmente em tempos de tensões globais. O Papa participou a convite do presidente cazaque e de líderes religiosos locais. Nos últimos anos, temos presenciado um movimento crescente de unidade entre as religiões do mundo, com apelos cada vez mais insistentes ao “diálogo inter-religioso”, à “fraternidade universal” e à construção de uma paz global por meio da espiritualidade compartilhada. Um dos maiores expoentes dessa visão era o Papa Francisco.
Nesse discurso, durante um encontro de diálogo inter-religioso com líderes muçulmanos e representantes de diversas crenças, o papa apresentou uma mensagem que, à primeira vista, parece conciliadora e positiva. No entanto, à luz das Escrituras, muitas das ideias defendidas nesse discurso entram em conflito direto com os princípios da fé bíblica.
A seguir, faremos uma análise clara e respeitosa dos principais pontos desse discurso, confrontando-os com a Palavra de Deus.
1. “Todos os caminhos levam à paz e a Deus”?
O papa afirma que o “diálogo inter-religioso” é um caminho comum de paz e que todas as religiões têm uma contribuição positiva nesse processo.
Discurso:
“O caminho do diálogo inter-religioso é um caminho comum de paz… já não é apenas uma oportunidade, mas um serviço urgente e insubstituível à humanidade…”
O que a Bíblia diz:
A Bíblia é clara em afirmar que somente em Jesus Cristo há salvação. Não existem “múltiplos caminhos” válidos para se chegar a Deus.
Referências:
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“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6)
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“Em nenhum outro há salvação…” (Atos 4:12)
2. Um “patrimônio espiritual comum” entre as religiões?
Segundo o Papa, há um “patrimônio espiritual e moral comum” que une todas as fés, baseado na transcendência e na fraternidade.
Discurso:
“As grandes sabedorias e religiões são chamadas a testemunhar a existência dum património espiritual e moral comum…”
O que a Bíblia diz:
As Escrituras afirmam que a verdade não é relativa e que o único verdadeiro Deus é aquele revelado nas Escrituras. A fraternidade bíblica só existe entre aqueles que creem em Jesus.
Referências:
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“Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus.” (1 João 5:1)
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“Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus.” (João 1:12)
3. Cooperação entre religião e política
O Papa defende uma ligação saudável entre religião e política, promovendo leis e sociedades fundamentadas em princípios espirituais compartilhados por todas as fés.
Discurso:
“Há uma ligação saudável entre política e transcendência… uma sã coexistência…”
O que a Bíblia diz:
A união entre poder político e religioso é profetizada como um dos sinais do fim dos tempos, culminando na formação de Babilônia, o sistema global apóstata.
Referências:
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“Com a qual se prostituíram os reis da terra…” (Apocalipse 17:2)
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“E exerceu todo o poder da primeira besta…” (Apocalipse 13:12)
4. Diálogo em vez de evangelização?
O discurso promove o diálogo como serviço essencial à humanidade, mas silencia sobre a pregação do arrependimento e da salvação.
Discurso:
“O diálogo inter-religioso… é um serviço urgente e insubstituível à humanidade…”
O que a Bíblia diz:
O chamado de Cristo à Igreja é pregar o Evangelho, não relativizar a fé em nome da paz. Dialogar sem anunciar a verdade pode ser uma forma de negligência espiritual.
Referências:
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“Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” (Marcos 16:15)
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“Prega a palavra… redargue, repreende, exorta…” (2 Timóteo 4:2)
5. Abertura para mudanças na liderança espiritual?
O papa também defendeu que as mulheres sejam confiadas a “funções e responsabilidades maiores” dentro da religião.
Discurso:
“Às mulheres, devem também ser confiadas funções e responsabilidades maiores…”
O que a Bíblia diz:
Embora a Bíblia exalte o valor da mulher, ela estabelece uma ordem de autoridade espiritual na Igreja segundo o padrão apostólico.
Referências:
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“Não permito que a mulher ensine, nem que tenha autoridade sobre o homem…” (1 Timóteo 2:12)
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“… que seja irrepreensível, marido de uma só mulher…” (Tito 1:6, critério para presbíteros)
Conclusão: Unidade sem verdade é engano
O discurso do Papa Francisco representa mais do que uma mensagem diplomática: é um sinal profético do tempo em que vivemos. A busca por unidade sem base na verdade bíblica é um dos pilares do sistema da Babilônia espiritual, denunciado em Apocalipse. Precisamos estar alertas, com as Escrituras em mãos, discernindo os espíritos e permanecendo firmes no evangelho de Cristo.
“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus…” (1 João 4:1)
Que a nossa fé não seja guiada por discursos bem elaborados, mas pela Palavra viva e eterna do Deus verdadeiro.
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Todos estamos numa jornada nessa terra com dois possíveis destinos. Um com Deus e outro sem Deus. E apenas os que entrarem no Santuário estarão a salvo no Juízo Final. Onde você está agora? Leia a Jornada ao Santuário e entenda a sua realidade!