A identidade dada por Deus a cada filho – Um chamado especial aos pais

“Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor.” Efésios 6:4

Todos os anos, Deus concede a milhões de pais um presente precioso: um filho novo em folha, carregado de potencial e sonhos que ainda nem começaram a tomar forma. Nesse instante, pais e mães se deparam com uma decisão crucial: moldar os filhos à nossa imagem ou ajudá-los a viver a identidade única que o próprio Deus lhes deu.

No Dia dos Pais, essa reflexão se torna ainda mais especial. Ser pai não é apenas prover e proteger, mas também discernir quando guiar e quando permitir que o filho descubra o caminho com o Senhor. Como pais, podemos impulsionar ou limitar, encorajar ou sufocar os talentos que Deus colocou em cada um deles. Nossos filhos viverão colhendo os frutos da nossa influência — ou se recuperando dela.

Quem, senão um pai, tem a oportunidade única de ensinar sobre valores, escolhas e consequências, de inspirar coragem diante dos desafios e fé diante do incerto? Mas para isso, é preciso estar disposto a ouvir a voz de Deus e confiar que Ele conhece o coração de nossos filhos melhor do que nós.

A Palavra nos instrui claramente:

“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Provérbios 22:6

Mas atenção: este versículo não promete que, se colocarmos nossos filhos no “caminho certo”, eles nunca irão se afastar. Não é uma fórmula automática. A salvação é obra exclusiva de Deus. Nós, como pais, podemos preparar o solo, plantar sementes e regar com amor, mas é Deus quem faz crescer (1 Co 3:6). Podemos amolecer corações, mas não controlá-los.

O nosso papel é mostrar o caminho, não forçar que ele seja seguido. Cada filho é como um livro que não escrevemos, mas que temos o privilégio de ler capítulo por capítulo, descobrindo as histórias que Deus mesmo já planejou.

Neste Dia dos Pais, que cada pai se lembre: mais do que criar filhos à nossa imagem, fomos chamados a guiá-los para que vivam a plenitude da imagem de Deus que já está dentro deles. Esse é o maior presente que podemos dar — e também receber.

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